A terceira pregação do retiro inicia com a palavra de Is 42,1: “Eis meu servo que eu amparo, meu eleito ao qual dou toda a minha afeição, faço repousar sobre ele o meu espírito, para que leve às nações a verdadeira religião”. O tema da pregação é “Dimensões de serviço”. Fala sobre a doação feita para Jesus através da coordenação e as dificuldades de pastorear os servos do Grupo de Oração (GO). O pregador Leandro Rabello instigou a reflexão sobre a essência do servir a Deus, lembrando-se do dia em que receberam o chamado do Senhor, do que os motivou a dizer sim e o quanto mudaram depois disso.
Leandro afirma que os servos que não são apaixonados por Jesus reclamam de tudo, ao contrário dos irmãos que se doam de coração. Os afazeres não soam como obrigação e sim como uma graça, um privilégio. Além disso, ressaltou a responsabilidade atribuída aos coordenadores de GO: é preciso testemunhar dentro e fora da igreja a identidade de Cristo. Quantas vezes você já ouviu ou até conheceu pessoas que deixaram de participar da Renovação Carismática Católica (RCC) ou da Igreja por causa de terceiros? “Na Igreja só devemos olhar pra Jesus, pois ele é o único que não irá te decepcionar”, completa Leandro.
O servir a Deus é composto por sete dimensões. A primeira: identitária – identidade de filhos de Deus, graça alcançada através do sacramento do batismo; a segunda: salvífica – Jesus já ofereceu a salvação, sendo a missão dos servos cativar o máximo de pessoas para conhecê-lo e aceitá-lo como Salvador; terceira: relacional – você serve o Senhor e para isso deve ter uma relação íntima com Deus; quarta: comportamental – ser testemunho vivo, reconhecer as próprias fraquezas e obedecer as orientações dadas por seus superiores; quinta: comunitária – todos são irmãos em Cristos, e essa essência familiar precisa existir e ser cultivada no servir no GO com os demais participantes; sexta: esponsal – o comprometimento com a sua coordenação e com Deus; sétima: mandamental – amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.
“Qualquer autoridade se manifesta pelo amor”, descreve Leandro sobre a necessidade de os coordenadores assumirem a postura de pastor, sem utilizar sua autoridade para se vangloriar ou agir de forma tirana. O melhor coordenador é aquele que dá o exemplo; é o primeiro a motivar e não a mandar.
É necessário perseverar até o fim, pois somente os vencedores genuínos continuam mesmo após o fim de sua coordenação para apoiar o sucessor. Se essas sete dimensões forem fortalecidas a cada dia mais, ao final da sua coordenação você será elevado como um troféu nas mãos de Jesus, não por seus méritos, mas sim por ter cumprido a vontade de Deus.
Fonte: Isabela Corrêa | Núcleo MUR da RCC Santa Catarina