“Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós […] O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir” (Jo 15, 18-20). Nesse anúncio, Jesus evidencia duas máximas que acompanham a Igreja até hoje: a primeira, de que os cristãos estão, a partir do Batismo, sujeitos a sofrerem perseguições por causa dele, inclusive o martírio; e a segunda, que ele mesmo se tornaria o protótipo para isso, o maior modelo de todos os mártires.
Afinal, o que é martírio? É o testemunho supremo prestado à verdade da fé, o qual persiste até a morte (CIC§2473). Importante se esclarecer que não consiste numa prática humana planejada ou desejada, mas sim num ato livre de fidelidade à fé e à doutrina levado à morte quando uma pessoa opta por não renunciar o testemunho de Cristo (apostasia).
Inúmeros mártires têm sido uma autêntica perpetuação da vida de Cristo na história da Igreja Católica, do Antigo Testamento à atualidade. Isso porque as perseguições apenas mudaram de roupagem ao longo dos séculos. Desde judeus, romanos, muçulmanos, nazistas e comunistas até o secularismo contemporâneo – não passam de conflitos do mundo pagão contra os valores e a moral católica.
Deve-se especial atenção às perseguições sofridas pelos católicos no meio universitário, denominadas por Bento XVI como “martírio de ridicularização”. Diante disso, Deus nos exorta a não nos envergonharmos do testemunho de nosso Senhor (2Tm 1,8) e nos encoraja a defender a verdade com amor por meio da fé e da razão. Se o sangue dos mártires é a semente dos cristãos, a resiliência dos universitários católicos frutificará em neoconvertidos!
“Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós” (Mt 5, 11-12).